Autoconfiança do jovem profissional: como a terapia pode ajudar
- Laura Helena Martins
- 14 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 31 de jul.
Como a psicoterapia pode ajudar o jovem profissional a manter sua autoconfiança
Você está na graduação ou acabou de se formar. A vida adulta começou a se apresentar com mais força — trabalho, responsabilidades, decisões. E junto com isso, talvez tenha vindo também a dúvida: será que dou conta? Será que sou bom o bastante?
Muitos jovens profissionais se sentem menores que os outros, como se todos estivessem mais preparados, mais confiantes, mais “certos de si”. E essa comparação constante, aliada às pressões do mercado e às exigências da vida adulta, pode minar a autoestima e a motivação.
Neste texto, vamos refletir sobre a autoconfiança do jovem profissional sob a luz da fenomenologia-existencial, compreendendo a insegurança como uma vivência legítima — e não um defeito. E pensar em como a psicoterapia pode ser um espaço de fortalecimento interno, para que você possa enfrentar os desafios com mais presença e verdade.
Entre a teoria e a realidade: o abismo que gera insegurança
A graduação oferece conhecimento, mas a vida real exige mais do que técnica. Ela cobra posicionamento, escolhas, respostas rápidas. E quando se está começando, é natural sentir insegurança. O problema é quando essa insegurança vira autodesvalorização.
Você pode estar se sentindo:
Com medo de errar ou ser julgado no trabalho;
Em dúvida constante sobre suas decisões;
Com dificuldade de se posicionar em grupos ou ambientes profissionais;
Menor que os colegas ou profissionais mais experientes.
Esses sentimentos, embora comuns, muitas vezes são silenciados — como se todo mundo tivesse que estar “seguro” desde o início. Mas a verdade é que construir autoconfiança leva tempo — e exige cuidado.
A fenomenologia-existencial e o jovem como projeto em construção
A abordagem fenomenológico-existencial entende que não nascemos prontos. Somos sempre um vir-a-ser, um projeto em movimento. O jovem adulto está justamente nesse ponto de passagem: já não é mais quem era, mas ainda está descobrindo quem pode ser.
Essa transição envolve crises, dúvidas e um enfrentamento com o desconhecido. E sentir-se inseguro não significa fraqueza — significa que você está diante de um momento real de escolha e crescimento.
A psicoterapia não vem para eliminar a insegurança, mas para ajudar você a compreendê-la — e, aos poucos, construir uma base mais firme de si mesmo.
Você se sente menor… ou está comparando seu início com o meio dos outros?
Algumas perguntas para refletir:
De onde vêm as expectativas que você está tentando cumprir?
O que, exatamente, te faz sentir “para trás” ou “insuficiente”?
Você está se comparando com quem — e por quê?
A autoconfiança não é um ponto de chegada. Ela é construída na prática, com escuta, apoio e espaço para errar. E ninguém precisa estar pronto o tempo todo.
Psicoterapia: um espaço para construir um eu mais forte e mais real
A psicoterapia oferece um espaço onde você não precisa saber tudo. Onde pode dizer: “estou confuso”, “me sinto pequeno”, “não sei o que fazer agora”.
Com o tempo, a terapia pode te ajudar a:
Compreender suas inseguranças sem julgamento;
Desenvolver autoconfiança sem precisar performar;
Cultivar um senso mais autêntico de valor próprio;
Enfrentar os desafios da vida adulta com mais presença e coragem.
Você não precisa se sentir pronto para começar a se fortalecer
A autoconfiança não surge de um dia para o outro. Ela nasce do encontro consigo mesmo. Do cuidado com o que sente. Da coragem de se escutar — e de seguir apesar do medo.
Se você está nesse momento de dúvida, comparação ou desânimo, talvez a psicoterapia possa ser o espaço onde, finalmente, você pare de se diminuir e comece a se enxergar com mais clareza e humanidade.